Desta vez, uma tecnologia para usar de look, não como acessório. Em clima de renovação (seu novo diretor criativo Francesco Muzi ganhou o posto em dezembro de 2014, vindo da Jil Sander masculina), a Zegna deu um passo a mais no link entre roupas e tecnologia. A novidade apareceu na apresentação do inverno 2015 de sua linha mais casual, a Z Zegna — à principal fica reservada a criação de moda, com linha “couture” assinada por Stefano Pilati; na etiqueta alternativa, parece que a ideia é entrar este tipo de inovação.
A peça chama-se Icon Warmer, uma jaqueta leve de lã com tratamento para impedir a absorção de água. Tudo normal se não fosse o aquecedor interno que promete mais calor dentro do look; ela pode aquecer o dono a uma temperatura de até 29°C, com bateria de 13 horas de duração. Quando esta acaba, o carregador wireless na altura do pescoço recarrega a peça.
Conectividade não é tudo. Além de validar os acessórios geek que são aposta da vez, a moda tem obrigação de pensar nos recursos tecnológicos que podem, de fato, melhorar a vida de quem a veste. No começo do mês, a Intel quis tocar nesta discussão ao apresentar o seu protótipo Curie na CES 2015, um hardware embutido em um botão. Mais do que algo com aplicação prática, a ideia é mostrar mais uma possibilidade no cruzamento entre roupas e computadores; a apresentação, detalhada por Vanessa Friedman do NY Times, enfatizou o pedido pelo diálogo para que o melhor dos dois campos sejam unidos, já que wearable não é só case high-tech, é fashion também; a jornalista ainda reforça que o pulso não precisa ser a sua principal aposta só porque a Apple optou por lançar um relógio. A jaqueta da Z Zegna dá um passo bom para a confluência, com estilo, das duas áreas.