Chutes, tesouros e risadas: os bastidores do filme King Fu Yoga, com Jackie Chan

Imagine Jackie Chan, o lendário mestre das artes marciais e do humor acrobático, embarcando em uma caça ao tesouro que atravessa continentes, misturando kung fu, ioga indiana e perseguições de tirar o fôlego. Kung Fu Yoga, lançado em 2017, é exatamente essa aventura maluca e irresistível, dirigida por Stanley Tong, um colaborador de longa data de Chan.

Este filme sino-indiano nos leva das geleiras do Tibete às dunas de Dubai, com uma pitada de Bollywood e muitas risadas, provando que o ícone de ação ainda sabe como encantar plateias de todas as idades. A produção é atração desta sexta-feira (28/3) da Sessão da Tarde, na TV Globo, a partir das 15h25.

O que faz Kung Fu Yoga brilhar é sua energia despretensiosa e caótica. Não é apenas um filme de ação, mas uma celebração da criatividade de Jackie Chan, que aos 62 anos na época ainda saltava, chutava e fazia palhaçadas como ninguém. Ao lado de um elenco internacional — incluindo Celina Jade, Aarif Rahman e estrelas indianas como Disha Patani —, ele entrega uma mistura única de comédia física, lutas coreografadas e um toque de exagero que é puro entretenimento. Se você ama aventuras que não se levam muito a sério, mas ainda assim te deixam grudado na tela, essa é uma pedida imperdível.

Neste artigo, vamos explorar cada detalhe de Kung Fu Yoga: desde a trama cheia de reviravoltas até os segredos dos bastidores, passando pelo elenco vibrante, o final eletrizante (com spoilers!), e a mensagem que esconde por trás das gargalhadas. Vamos descobrir se há alguma verdade histórica nisso tudo, como crítica e público reagiram, e por que esse filme merece um lugar na sua maratona de fim de semana. Pegue sua mochila de arqueólogo e venha comigo nessa dança épica de golpes e tesouros!

Como é a história do filme Kung Fu Yoga

Kung Fu Yoga começa com Jack (Jackie Chan), um renomado arqueólogo e professor chinês, sendo recrutado por uma jovem historiadora indiana, Ashmita (Disha Patani), para localizar o lendário Tesouro de Magadha, perdido há séculos após uma batalha entre reinos asiáticos. A aventura ganha vida quando Jack reúne sua equipe — incluindo sua assistente Kyra (Celina Jade) e o jovem arqueólogo Jones (Aarif Rahman) —, e eles partem para o Tibete em busca de uma pista inicial: uma caverna gelada que abriga segredos antigos e um mapa misterioso. Mas, como toda boa caça ao tesouro, o caminho está cheio de perigos, incluindo mercenários liderados pelo vilão Randall (Sonu Sood), que quer o ouro para si.

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História do filme Kung Fu Yoga, com Jackie Chan

A trama explode em uma série de sequências hilárias e absurdas enquanto o grupo viaja da China à Índia e, eventualmente, a Dubai. Entre lutas de kung fu contra capangas, uma dança improvisada com hienas (!), e uma perseguição de carros envolvendo um leão dentro de um conversível, o filme não dá trégua. Jack descobre que o tesouro é mais do que ouro: é uma relíquia cultural que conecta a história da China e da Índia, guardada por monges que praticam uma fusão de kung fu e ioga. A mistura de ação e comédia é constante, com Chan usando desde guarda-chuvas até cordas de ioga como armas improvisadas.

No fundo, a história é sobre cooperação e amizade, mas o foco está na diversão. Os personagens enfrentam traições — como a revelação de que Jones é um caçador de tesouros com agenda própria — e precisam unir forças para proteger o legado de Magadha. É uma narrativa leve, cheia de exageros e momentos que desafiam a lógica, mas que captura o espírito aventureiro e brincalhão que fez de Jackie Chan uma lenda.

Curiosidades da produção e do enredo do Filme

  • Colaboração sino-indiana: O filme foi uma parceria oficial entre China e Índia, promovendo intercâmbio cultural com apoio governamental dos dois países.

  • Cenas reais com animais: A sequência com hienas e o leão no carro foi filmada com animais de verdade, exigindo meses de planejamento e a presença de treinadores no set.

  • Coreografias de Jackie: Aos 62 anos, Chan insistiu em fazer a maioria de suas cenas de ação, incluindo uma luta em um templo que mistura kung fu com movimentos de ioga indiana.

  • Inspiração histórica: O Tesouro de Magadha é fictício, mas referencia trocas culturais reais entre a China e a Índia durante a dinastia Tang (século VII).

  • Cena pós-créditos: Fique até o fim para ver Jackie e o elenco dançando ao estilo Bollywood, uma homenagem divertida à coprodução.
O que acontece no filme Kung Fu Yoga, com Jackie Chan

Quem é quem no elenco de Kung Fu Yoga

Jackie Chan como Jack: O protagonista é um arqueólogo charmoso e atrapalhado, trazendo o carisma e a habilidade física que o tornaram famoso. É puro Jackie em ação!

Disha Patani como Ashmita: A estrela indiana interpreta a historiadora determinada, adicionando beleza e energia às cenas de luta e dança.

Celina Jade como Kyra: Assistente leal de Jack, Jade oferece um contraponto calmo e inteligente ao caos ao seu redor.

Aarif Rahman como Jones Lee: O jovem arqueólogo com segredos é vivido por Rahman com um toque de humor e ambiguidade.

Sonu Sood como Randall: O vilão indiano é interpretado por Sood com uma presença imponente, perfeita para um antagonista de ação.

Kung Fu Yoga é baseado em uma história real?

Kung Fu Yoga não é baseado em uma história real, mas toma inspirações soltas de eventos históricos e culturais. O Tesouro de Magadha, central à trama, é uma invenção fictícia, mas reflete as trocas culturais entre a China e a Índia durante a dinastia Tang (618-907 d.C.), quando monges budistas viajavam entre os dois países, levando conhecimento e artefatos. A ideia de um tesouro escondido em cavernas também ecoa lendas asiáticas sobre riquezas perdidas, como as associadas à Rota da Seda, embora nada tão específico quanto o filme sugere.

A fusão de kung fu e ioga, apesar de exagerada para efeito cômico, tem um fundo de verdade: as artes marciais chinesas influenciaram e foram influenciadas por práticas indianas ao longo dos séculos, especialmente via budismo. No entanto, a trama — com monges guerreiros, mapas mágicos e perseguições com leões — é pura fantasia criada para entreter. Não há registros de um arqueólogo como Jack ou de uma missão real para recuperar esse tesouro.

Assim, Kung Fu Yoga é uma aventura inventada com um leve toque histórico. Seu objetivo não é educar, mas divertir, usando a história como pano de fundo para as acrobacias e o humor de Jackie Chan. É o tipo de filme que prefere a imaginação à precisão, e faz isso com um sorriso no rosto.

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O que acontece no final do filme Kung Fu Yoga, com spoilers!

O clímax de Kung Fu Yoga acontece em um templo subterrâneo na Índia, onde Jack e sua equipe enfrentam Randall e seus mercenários pelo controle do Tesouro de Magadha. Após uma perseguição insana em Dubai — com carros de luxo, um leão solto e Chan pulando entre veículos —, o grupo chega ao local sagrado, guardado por monges que dominam kung fu e ioga. A batalha final é um espetáculo: Jack lidera seus aliados em uma luta coreografada cheia de saltos, chutes e objetos improvisados, enquanto o templo revela o tesouro — uma caverna cheia de ouro e joias.

A reviravolta vem quando Jones, que havia traído o grupo, retorna para ajudar Jack, redimindo-se em um momento de heroísmo. Randall quase vence, mas é derrotado por uma combinação de golpes de Jack e Ashmita, caindo em um poço do templo. O tesouro, porém, não é levado embora: os monges convencem Jack a deixá-lo intacto, como parte do patrimônio cultural, e ele concorda, mostrando que a aventura valeu mais pela experiência do que pelo ouro. A cena final mostra o grupo celebrando com uma dança ao estilo Bollywood, enquanto fogos de artifício iluminam o céu.

O desfecho é puro Jackie Chan: caótico, otimista e com uma mensagem leve sobre amizade e respeito. A sequência pós-créditos, com o elenco dançando, sela o tom brincalhão do filme, deixando o público com um sorriso e a sensação de que a jornada foi o verdadeiro prêmio.

A mensagem de Kung Fu Yoga é simples, mas cativante: a vida é uma aventura que vale a pena ser vivida com leveza e união. Jackie Chan, como Jack, nos lembra que a coragem não precisa ser séria — ela pode vir com um salto mortal e uma risada. O filme celebra a ideia de que, mesmo em meio a perigos e traições, o que importa é o caminho percorrido e as conexões que fazemos ao longo dele.

A cooperação entre culturas é outro tema sutil, mas poderoso. A parceria sino-indiana da trama reflete a força de trabalhar juntos, seja lutando contra vilões ou dançando em harmonia. Jack e seus aliados mostram que diferenças podem ser superadas com confiança mútua, transformando estranhos em uma equipe improvável. É uma lição divertida sobre abrir o coração para o novo, seja uma caverna cheia de ouro ou um colega de outra terra.

Por fim, Kung Fu Yoga nos convida a não levar a vida tão a sério. Entre chutes e piruetas, ele sugere que o verdadeiro tesouro está nas experiências compartilhadas e na alegria de superar obstáculos com um sorriso. É uma mensagem que ecoa o espírito de Jackie Chan: ria, lute e viva intensamente, porque cada dia pode ser uma aventura épica.

Kung Fu Yoga teve uma recepção mista, mas foi um sucesso comercial estrondoso. A crítica dividiu-se: no Rotten Tomatoes, o filme tem 48% de aprovação com base em 25 análises, com o consenso apontando que “é uma bagunça divertida para fãs de Jackie Chan, mas carece de profundidade”. Publicações como o Hollywood Reporter elogiaram as acrobacias e o carisma de Chan, mas criticaram o roteiro “desleixado” e o humor exagerado. No Metacritic, a pontuação de 41/100 reflete “críticas mistas ou médias”.

O público, porém, abraçou o filme com entusiasmo, especialmente na Ásia. No IMDb, a nota é 5,2/10, mas isso não reflete seu impacto: na China, arrecadou mais de 250 milhões de dólares, tornando-se um dos maiores sucessos de 2017 no país. Fãs de Chan no X e em fóruns destacaram as cenas de ação e o tom leve, chamando-o de “um retorno ao Jackie clássico”. A sequência com o leão e a dança final foram hits entre os espectadores, apesar de alguns acharem a trama absurda demais.

Globalmente, o filme faturou 268 milhões de dólares com um orçamento de 65 milhões, provando seu apelo comercial. Ele agradou quem buscava diversão descompromissada, mas não conquistou quem esperava algo mais refinado. Para os amantes de Chan, foi um presente nostálgico; para outros, uma aventura que não deixa marca duradoura.

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