Cotação do Bitcoin: como funciona e seu impacto na rede de criptomoedas

O Bitcoin é uma moeda digital descentralizada que opera sem a necessidade de um banco central ou uma instituição financeira intermediária. Sua cotação, ou seja, o preço pelo qual é negociado, varia constantemente, refletindo a dinâmica do mercado e uma série de fatores que influenciam sua valorização ou desvalorização.


Para entender como isso funciona, é preciso olhar para a maneira como o Bitcoin é negociado, o que influencia sua oferta e demanda, e como essas variações de preço impactam o ecossistema das criptomoedas como um todo.

A cotação do Bitcoin é determinada pela oferta e demanda nos mercados de câmbio de criptomoedas, onde compradores e vendedores fazem transações em tempo real.

Diferente de moedas tradicionais, que podem ter seus valores estabilizados por políticas monetárias, o Bitcoin opera em um mercado estruturalmente livre, sem interferência direta em seu mecanismo direta de governos ou bancos centrais.

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Isso significa que seu preço pode ser extremamente volátil, subindo ou caindo rapidamente em resposta a eventos econômicos, mudanças regulatórias, inovações tecnológicas e o comportamento dos investidores. O que isso não significa é que o Bitcoin é uma moeda alheia ao sistema financeiro ou à distribuição de renda de seus usuários, já que quanto maior o capital, mesmo da moeda digital, maior o poder de influência sobre seus rumos.

Um dos principais fatores que afetam a cotação do Bitcoin é a escassez programada dessa criptomoeda.

Ao contrário de moedas fiduciárias, que podem ser emitidas em quantidades ilimitadas pelos governos, o Bitcoin tem um suprimento fixo de 21 milhões de unidades, estabelecido em seu código. Isso cria um efeito semelhante ao de metais preciosos, como o ouro, tornando-o um ativo deflacionário.

Além disso, a emissão de novos Bitcoins ocorre por meio de um processo chamado mineração, no qual computadores resolvem cálculos matemáticos complexos para validar transações e adicionar novos blocos à blockchain. A cada quatro anos, acontece um evento conhecido como halving, que reduz pela metade a recompensa dos mineradores, diminuindo o ritmo de criação de novas moedas.

Esse evento tem um impacto significativo na cotação, pois reduz a oferta de novos Bitcoins, enquanto a demanda pode continuar crescendo.

A demanda por Bitcoin, por sua vez, pode ser influenciada por diversos fatores.

Um dos mais importantes é o interesse institucional e de grandes investidores, que podem movimentar enormes quantidades de capital para dentro ou fora do mercado.

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Empresas que adotam Bitcoin como reserva de valor, como ocorreu com a Tesla e a MicroStrategy, por exemplo, podem impulsionar uma alta na cotação ao sinalizar credibilidade e demanda institucional.

Além disso, eventos geopolíticos e crises econômicas podem fazer com que investidores busquem o Bitcoin como um “porto seguro”, devido à sua natureza descentralizada e resistente à censura. Quando há instabilidade financeira, como inflação elevada em moedas tradicionais ou crises bancárias, muitas pessoas recorrem ao Bitcoin como uma alternativa ao sistema financeiro convencional.

No entanto, apesar da isenção de sua rede, a cotação do Bitcoin também sofre influência de notícias e regulamentações governamentais.

Mudanças na legislação, restrições ao uso de criptomoedas em determinados países ou até mesmo proibições de mineração podem afetar o preço de maneira significativa.

Um exemplo foi a repressão do governo chinês à mineração de Bitcoin, que resultou em uma queda acentuada na cotação, pois grande parte da capacidade de mineração global estava concentrada na China. Por outro lado, a adoção do Bitcoin como moeda legal em países como El Salvador cava impactos positivos, ao tentar provar que governos podem integrar criptomoedas em suas economias.

Cotação do bitcoin

Outro aspecto crucial é a liquidez do mercado. A liquidez representa a facilidade com que o Bitcoin pode ser comprado ou vendido sem causar grandes variações de preço.

Em momentos de alta liquidez, há muitos compradores e vendedores ativos, tornando a negociação mais estável. No entanto, quando há baixa liquidez, ordens de compra ou venda grandes podem causar oscilações bruscas na cotação.

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A liquidez do Bitcoin depende, em grande parte, das exchanges, plataformas onde os traders realizam negociações. Algumas dessas corretoras de criptomoeda possuem maior volume de negociação e mais usuários ativos, o que pode contribuir para uma formação de preço mais estável, enquanto outras podem apresentar maior volatilidade devido a um número menor de participantes.

Além disso, o mercado de derivativos, como futuros e opções de Bitcoin, também influencia a cotação.

Muitos investidores utilizam esses instrumentos financeiros para especular sobre o preço do Bitcoin ou para se proteger contra quedas. Isso pode aumentar a volatilidade, pois grandes liquidações de contratos futuros podem levar a movimentos bruscos de preço.

Por exemplo, se muitos traders estão apostando na valorização do Bitcoin com alavancagem e o preço começa a cair, uma cascata de liquidações pode forçar uma queda ainda maior, um fenômeno conhecido como “long squeeze”. Da mesma forma, quando há muitas apostas na queda e o preço sobe repentinamente, ocorre um “short squeeze”, impulsionando novas altas.

A influência do Bitcoin sobre outras criptomoedas

A cotação do Bitcoin também tem um efeito dominó em todo o mercado de criptomoedas.

Muitas altcoins, ou moedas alternativas ao Bitcoin, seguem tendências similares, pois grande parte da liquidez e confiança dos investidores gira em torno do Bitcoin.

Quando o Bitcoin está em alta, o sentimento do mercado geralmente é positivo, levando a aumentos no preço de outras criptomoedas. No entanto, quando o Bitcoin cai, o efeito contrário pode ocorrer, com investidores saindo de altcoins para retornarem ao Bitcoin ou até mesmo para converter seus ativos em dinheiro fiduciário.

Isso significa que o Bitcoin funciona como uma espécie de termômetro do mercado cripto, com seu desempenho impactando diretamente milhares de outros ativos digitais.

Por fim, o comportamento dos investidores individuais também desempenha um papel fundamental.

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Muitas pessoas compram Bitcoin motivadas por ciclos de mercado e pelo chamado FOMO (fear of missing out, ou “medo de ficar de fora”), o que pode levar a bolhas especulativas e correções abruptas. Em certos momentos, uma euforia coletiva pode inflacionar o preço, apenas para ser seguida por um período de venda em massa quando os investidores buscam realizar lucros. Isso acontece especialmente em momentos de grande cobertura da mídia sobre o Bitcoin, que pode atrair novos investidores sem experiência no mercado.

Com todas essas variáveis em jogo, entender a cotação do Bitcoin vai muito além de olhar para um número em uma exchange.

Seu preço reflete uma complexa interação entre tecnologia, economia, regulação, psicologia dos investidores e dinâmicas de mercado.

Para quem está começando a explorar o universo das criptomoedas, acompanhar esses fatores e entender como eles se conectam pode ser essencial para tomar decisões mais informadas e aproveitar melhor as oportunidades desse mercado dinâmico.

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