Victoria Beckham, verão 2017: das tramas ao toque dos tecidos

Victoria Beckham soltou aos poucos a mão para evoluir na carreira de estilista desde que viu que não podia mais depender de vestidos colados que marcassem silhuetas esguias como a sua. A empreitada fashion é surpreendente desde seu lançamento em 2008; nos últimos dois anos, explora novos limites para o guarda-roupa sofisticado e comedido que virou sua marca registrada.

O verão 2017 pode delimitar uma nova fase. Primeiro pela faceta de feminilidade que não costuma ser vista como referência imediata à designer, até então famosa por ocultar qualquer traço de vulnerabilidade. A inspiração para a coleção também denuncia o olhar atualizado: ao invés da forma, preceito básico de seu estilo pessoal, Victoria optou por explorar a influência das características dos tecidos.

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Rachel Comey, verão 2017: entre as ruas e as passarelas

Aquela versão mais rasa do que se chama de street style parece ter caído mesmo em desuso. Depois de consolidar a carreira de seus fotógrafos e personagens mais originais e talentosos, a expressão se viu associada nos últimos anos aos caçadores de atenção com looks artificiais seguidos por interessados semi-profissionais prontos pra qualquer clique. O que, para deixar registrado, também não tem nada a ver com sua versão mais exploradora, ligada ao registro multifacetado de estilo que inspira estilistas e publicações.

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VFiles, verão 2017: o que pedem os cinco novos nomes da plataforma de talentos

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A história do VFiles é boa pela forma de lidar com a revelação de novos talentos da moda. Nascido como loja no SoHo, em Nova York, e comunidade virtual para o compartilhamento de imagens, o projeto evoluiu enquanto acumulava seguidores. Passou pela encarnação “site e canal de vídeos de moda” e lançou etiqueta própria ao firmar o e-commerce com vários talentos revelados ou compartilhados pela rede social.

Desde 2013, a plataforma organiza também um desfile coletivo sempre no primeiro dia da semana de NY. Saíram dali vários nomes que ganharam projeção e foram parar no closet, por exemplo, de Rihanna e de seus seguidores. Vale destacar o link crucial que o VFiles faz entre seu olhar afiado de streetwear com o universo do hiphop e seus subgêneros mais fervidos, essencial para firmar identidade à empreitada.

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Tom Ford, inverno 2017: tempo é elegância (e dinheiro!)

Tom Ford levou sua grife homônima de volta a Nova York (foi lá aquele primeiro desfile estrelado que marcou a estreia da linha feminina) para exibir as últimas novidades da temporada passada. Explico: ao invés de apresentar verão 2017, estação da vez, ele armou um jantar dançante com seu inverno 2017 no esquema “desfilou, vendeu”. Sem truques, com agilidade inédita: passado o desfile, a coleção completa estava pronta para ser comprada no site da grife. Até os itens da linha de beleza da marca também estavam disponíveis na manhã seguinte.

A dinâmica do see now, buy now é equivalente à dos desfiles de shopping: roupas prontas para serem levadas do evento à vida real, sem escalas. Puxaria, a priori, o mesmo risco, o de que o que é vendido não dá a mesma emoção do que é criado para show. Porém, há um ajuste de expectativa necessário aqui: o que preenche as araras de Tom Ford passa bem longe do que seria levado a um guarda-roupa casual.

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