Tom Ford levou sua grife homônima de volta a Nova York (foi lá aquele primeiro desfile estrelado que marcou a estreia da linha feminina) para exibir as últimas novidades da temporada passada. Explico: ao invés de apresentar verão 2017, estação da vez, ele armou um jantar dançante com seu inverno 2017 no esquema “desfilou, vendeu”. Sem truques, com agilidade inédita: passado o desfile, a coleção completa estava pronta para ser comprada no site da grife. Até os itens da linha de beleza da marca também estavam disponíveis na manhã seguinte.
A dinâmica do see now, buy now é equivalente à dos desfiles de shopping: roupas prontas para serem levadas do evento à vida real, sem escalas. Puxaria, a priori, o mesmo risco, o de que o que é vendido não dá a mesma emoção do que é criado para show. Porém, há um ajuste de expectativa necessário aqui: o que preenche as araras de Tom Ford passa bem longe do que seria levado a um guarda-roupa casual.