A moda no tapete vermelho do Emmy é tão deslocada quanto a própria festa. A noite que celebra os nomes da televisão acontece distante da temporada de tapete vermelho do início do ano, depois do “vale tudo” do VMA e das grandes turnês de premières do verão norte-americano. Pega as principais grifes do mundo em período turbulento: a semana de moda mais próxima, em Nova York, acabou de acontecer; na Europa, todos estão entre ajustes ou desfiles. O resultado? O potencial fashion mais insosso das premiações.
Quem acompanha red carpet nas redes sociais quer deslumbre. Bonito é pouco; a concorrência imagética é tão forte que arrombo é que vira meme, para bem ou para o mal. Aí, o Emmy esbarra em outro problema. A moda (ou a categoria de casas que sabem fazer história nos looks de premiação), por incrível que pareça, está atrasada; ainda não se deu conta da revolução pela qual a televisão passou. Para elas, as atrizes das telas menores fazem parte de uma segunda liga; quem merece look exclusivo é estrela de cinema.