pra lembrar que tem mais um jeito de olhar

Crystal Renn - Harper's Bazaar Australia

Em um blog como este meu, onde me volto quase sempre pra celebridades e cia, é bem fácil cair na armadilha e ficar com o olhar viciado, procurando novidades, inspirações e referências sempre nos mesmos lugares; faço isso direto, vai ficando automático! Pode não ser a revolução completa, mas tem novas idéias pipocando cada vez mais por aí pra ressaltar que o modo predominante não é o único jeito.

Modelos do desfile de Verão 2009 de Yohji Yamamoto

Imagem corporal, etnias diferentes, retoques, photoshop, padrões de beleza; tem mais imagens sendo feitas e sendo propostas que conseguem contornar várias dessas armadilhas pra conseguir se comunicar com a gente de maneira mais forte.

Capas da revista Elle francesa - Estrelas sem retoques

Ao longo dessa semana, vários itens da minha (nova) lista de ‘coisas boas que vi pela internet’ começaram a conversar entre si e com outras boas ideias que já apareceram antes. Nas imagens, as fotos de Crystal Renn na Harper’s Bazaar australiana deste mês (mais aqui), alguns dos múltiplos homens do verão 2009 de Yohji Yamamoto, as capas da Elle francesa de Maio, com estrelas dando não aos retoques incisivos, e os sorrisos que quebraram a sisudez das passarelas no inverno 2009 de Ronaldo Fraga no começo do ano. Anotação mental pra me forçar a diversificar e olhar mais pra outros cantos!

Sorrisos no desfile de Inverno 2009 de Ronaldo Fraga

No vídeo que rodou pela internet ontem, o emocionante recado por Susan Boyle:

There was a time when love was blind,
And the world was a song,
And the song was exciting.

I dreamed a dream in time gone by,
When hope was high and life, worth living.

Then I was young and unafraid,
And dreams were made and used and wasted.
There was no ransom to be paid,
No song unsung, no wine, untasted.

5 comentários em “pra lembrar que tem mais um jeito de olhar”

  1. Susan Boyle, o dia nem tinha começado pra mim, e meus olhos ainda sensíveis a luz fitaram aquela moça de 47 anos, que pareciam ser alguns mais, desempregada, sem namorado, de pé dizendo que ia cantar.A platéia riu debochada desdenhando de sua aparência, de sua idade maior do que a maioria dos calouros, pensavam que ela era só mais uma daquelas “freaks”, que é a palavra em inglês usada para humilhar as pessoas, para chamá-las de estranhas, de aberração, de anormais.É a miopia emocional humana que ao ver aquela moça simples soltou um murmúrio de incredulidade que percorreu friamente todo o auditório .Mas quando ela cantou “I dreamed a dream” do musical “Les miserables” todos ficaram arrebatados…e eu, eu chorava muito, porque vi ali tantas, tantas pessoas, sonhadoras, tantas mulheres que merecem amar e vencer…eu vi nela o símbolo verdadeiro do que é ser um ser humano…. quando estamos falando de arte, e de sobrevivência, o ser humano pode tudo.Meu Deus como eu chorava de soluçar. Ao fim da canção eu estava até meio fora de mim, ouvi o jurado dizendo “Quando você entrou aqui, todos riram; agora ninguém mais está rindo. Estamos todos impressionados”.
    Há dez tem como companheiro apenas seu gato “Peebles”. Nunca teve namorado, não era socialmente aceita no colégio. Caçula de uma família de nove irmãos, Susan nasceu de um parto complicado em que sofreu falta de oxigenação, deixando-a com uma grave sequela: dificuldades de aprendizado. Por conta disso, tornou-se alvo de chacotas e brincadeiras maldosas de outras crianças quando frequentava a escola. Cresceu, envelheceu e teve na música o seu único alento na vida. Porém, com problemas de auto-estima, nunca apostou em seu talento natural. Inscreveu-se, enfim, para participar do programa dois anos após a morte de Bridget, sua mãe, em 2007. Ela era fã do programa e dizia que, se um dia Susan fizesse sua inscrição no reality show, seria vencedora. Disse Boyle: “Eu nunca acreditei que era boa o suficiente. Foi só após a morte de minha mãe que tomei coragem para fazer minha inscrição. Foram tempos difíceis, sofri de depressão e ansiedade. Mas após a escuridão vem a luz. Queria que minha mãe tivesse orgulho de mim, e a única maneira de fazer isso foi correndo o risco de participar do show”
    Obrigado Deus por me dar um coração sensível, e um sentimento que me acompanha desde tempos imemoriáveis no espírito, nesse momento minha alma brilha, minha alma brilha, minha alma brilha……

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  2. Guga, lembra de mim do passeio do Bom Retiro?

    Amei seu texto. Vc viu a primeira Love? Tem um editorial chamado Wine and Roses (acho que é isso), com gente de tudo que é sexo, textura, cor, idade… É lindo, me tocou, e não sai da minha cabeça desde então.
    Bjs

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  3. Cáren, claro que lembro! Não vi esse editorial! Não consegui ver a revista tb, vou atrás dele pra colar aqui tb! 😀

    André, foi mega emocionante mesmo né? Eu comecei a ver pq me passaram tipo “OLHA ESSA MULHER QUE BIZARRA”, terminei super arrepiado!

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