Mania de Cézanne: quem foi o pintor que transformou a arte moderna e quais foram seus quadros mais famosos

Paul Cézanne foi um artista que desafiou convenções e mudou para sempre o curso da pintura ocidental.

Nascido em 19 de janeiro de 1839, na cidade francesa de Aix-en-Provence, na França, ele passou grande parte da vida explorando novas maneiras de representar a realidade, em um processo que levaria sua arte além do impressionismo e abriria caminho para o cubismo.

Durante sua vida, ele não recebeu o reconhecimento que viria depois de sua morte, mas hoje é considerado um dos pintores mais influentes da história.

O nome do artista é assunto quente também nas últimas semanas por causa da novela Mania de Você, da TV Globo, já que uma de suas obras virou personagem principal da trama que envolve Molina, Mércia, Mavi e Luma na reta final da produção. Cadê o Cézanne deles, gente?

História da arte de Paul Cézanne

Cézanne começou sua carreira artística em um contexto dominado pelo academicismo e pelas pinceladas vibrantes dos impressionistas. Embora tenha se aproximado do grupo impressionista em seus primeiros anos em Paris, sua visão da arte era diferente.

Ele não queria apenas capturar a luz e o instante fugaz, mas construir formas sólidas, estruturadas e permanentes. A busca por essa estrutura fez com que ele experimentasse uma abordagem mais geométrica e ordenada da pintura, algo que influenciaria diretamente artistas como Pablo Picasso e Georges Braque no desenvolvimento do cubismo.

A importância de Cézanne para a arte reside justamente nessa transição entre a tradição e a modernidade. Ele pegou a espontaneidade dos impressionistas e a combinou com uma composição rigorosa e cores moduladas, criando uma ponte entre o século XIX e as vanguardas do século XX. Seu trabalho explorava a profundidade, a perspectiva e a decomposição das formas de um modo revolucionário, fazendo com que suas obras parecessem, muitas vezes, fragmentadas e ao mesmo tempo harmoniosas. Sua máxima, “a natureza deve ser tratada pelo cilindro, pela esfera e pelo cone”, exemplifica essa abordagem.

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Com o passar dos anos, Cézanne se afastou dos círculos artísticos de Paris e preferiu viver recluso em Aix-en-Provence, dedicando-se a pintar incansavelmente as paisagens da região, naturezas-mortas e retratos. Ele nunca parou de experimentar novas técnicas, e sua produção tardia mostra um artista cada vez mais ousado em sua simplificação das formas e no uso expressivo da cor.

Apesar de não ter sido valorizado durante grande parte de sua vida, o mercado de arte do século XX reconheceu seu imenso valor. Algumas de suas obras foram vendidas por valores impressionantes. Entre os quadros mais caros de Cézanne, destaca-se Os Jogadores de Cartas, vendido em 2011 por cerca de 250 milhões de dólares, tornando-se uma das pinturas mais caras já compradas. Outras obras atingiram cifras milionárias em leilões, como Montanha Sainte-Victoire e algumas de suas icônicas naturezas-mortas.

Os Jogadores de Carta, de Paul Cézanne
Os Jogadores de Carta, de Paul Cézanne

Além das cifras astronômicas, Cézanne também deixou um legado artístico inestimável com suas obras mais célebres. Algumas das pinturas mais famosas do artista incluem:

  • Os Jogadores de Cartas
  • Montanha Sainte-Victoire (diversas versões)
  • A Casa do Enforcado
  • Natureza-morta com Maçãs e Laranjas
  • Banquete dos Cupidos
  • Os Grandes Banhos
  • Madame Cézanne na Poltrona Vermelha

O impacto de Cézanne continua sendo sentido na arte contemporânea. Seu olhar analítico sobre a natureza, sua abordagem inovadora da cor e da forma e sua influência em movimentos como o cubismo fazem dele uma das figuras mais essenciais da história da pintura. Picasso chegou a afirmar que Cézanne era “o pai de todos nós”, evidenciando como sua visão revolucionária transformou a arte e abriu caminho para as inovações do século XX.

Hoje, suas obras são algumas das mais valorizadas e respeitadas nos maiores museus do mundo, como o Musée d’Orsay, em Paris, a National Gallery, em Londres, e o MoMA, em Nova York. Cézanne pode ter passado boa parte da vida isolado em sua cidade natal, mas sua arte cruzou fronteiras e se tornou um pilar fundamental da pintura moderna.

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