De olho nas fendas e no futuro da etiqueta de Joseph Altuzarra

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Se há uma peça que, temporada após temporada, é dominada à perfeição por Joseph Altuzarra na etiqueta de luxo que leva seu nome é a saia. Nos limites da modelagem lápis, com uma boa dose de fenda. O entorno pode variar e, neste inverno 2016, veio com doses de babados na barra entre looks com rendas e golas monásticas, jaquetas com pele e vestidos de festa brilhantes que fecharam o show. Ainda assim, são os respiros de pele que revelam partes precisas da coxa, ora lateral, ora frontal, que rasgam a severidade da sua imagem; terninhos em tons terrosos, bolsas de couro (resultado da injeção de investimento do grupo Kering) e botas altas a la Emilio Pucci ajudam na impressão de que, para este nova-iorquino, a meta é o made in Italy.

Não há aqui a modernidade cool das etiquetas de sua geração. A ideia é desenvolver uma marca de luxo que, temporadas à frente, não encontrará dificuldades para bater de frente com nomes consolidados de Milão. Por isso, o nome de Altuzarra foi um dos mais cotados para o cargo deixado por Frida Giannini na Gucci — vale a curiosidade de que Tom Ford é um de seus ídolos de estilo. A gigante italiana escolheu um caminho que a gente vai conhecer de verdade daqui a duas semanas, mas Altuzarra mostrou que visão não lhe faltava para pensar no futuro deste tipo de luxo. Ainda bem que, com o backing do conglomerado de François Henri-Pinault, ele está disposto a rumar a própria marca ao mesmo patamar.

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