Faz bem pouco tempo que eu caí nas graças da New York Magazine, pouquíssimo mesmo. Durante a cobertura do site da revista da última semana de moda de Nova York me rendi de vez, lendo os textos de colunistas super bem-humorados (a coluna New York Fugging City é muito divertida) e todo o arsenal de fotos e vídeos fazendo com que o site acabasse entrando em meus favoritos! Claro que com exceção da atenção toda dada ao ensaio de Lindsay Lohan encarnando Marylin Monroe, né…
Da mesma forma, pouco eu sei da Carine Roitfeld, editora da Vogue francesa, a não ser por fotos de seu estilo retratadas nas revistas e sites por aí. E mesmo sendo um viciado em revistas, sempre acabo deixando a edição francesa por último na lista mensal, já que não falo nada de francês!
Tudo isso para comentar do perfil muito bacana que a New York Magazine fez de Carine em sua edição mais recente. A revista passa por diversos assuntos, contando inclusive como foi seu começo na moda, se tornando modelo e depois trabalhando com Tom Ford, na Gucci e na Yves Saint Laurent, e na Missoni, antes de ir para a Vogue francesa.
No artigo, Carine fala também sobre como vê lá do outro lado o mercado americano e seus editores, dizendo“os editores americanos são muito, como você diz, “slicks” (algo como perfeitamente elegantes), bem perfeitos. Os cabelos são perfeitos, eles têm manicures. Eles são muito cleans, acompanham a moda. Eu não acho que se arriscam muito. Eles usam um look total da Prada. Eu, eu visto muitas peças japonesas, misturadas com clássicas da Hermès e Prada.”.
Sobre o eterno boato de estar negociando com uma grande publicação americana, Carine comenta “Minha melhor qualidade é ser stylist. Eu nunca penso sobre essa carreira, esse grande emprego. Eu nunca quise ser o que sou hoje, e não pretendo morrer nesta posição”.
Entre as diferenças da prima americana da Vogue, o artigo cita desde a diferença na tiragem (na francesa, cerca de 133,000 exemplares versus 1.3 milhões da americana) e também as diferenças estilísticas mesmo, colocando a edição de Carine como o oposto da americana, ” [A revista] Não se preocupa em tornar a moda acessível ou usável para seus leitores. Não procura a inclusão: Não há dicas de como se vestir se seu corpo tem o formato de pêra ou se você está prestes a completar 50 anos”.
Esses são só alguns trechos interessantes do artigo, que vem também acompanhado por fotos de Carine e alguns de seus editoriais na revista. Vale super a pena dar uma lida e, é claro, a revista já pula pra minha fila no mês que vem, pra ver de pertinho o trabalho de Carine, né? 🙂
:: The Anti-Anna – New York Magazine
1 comentário em “Carine Roitfeld: The Anti-Anna”