Apesar das preocupações latentes em torno do meio ambiente, do impacto causado por toda a cadeia dos combustíveis de origem fóssil e dos preços em escalada, a utilização de veículos motorizados individuais aumentou entre os brasileiros, de acordo com a pesquisa CNT de Mobilidade da População Urbana.
Produzido pela Confederação Nacional do Transporte, o estudo foi lançado em agosto, durante programação da Feira Latinoamericana do Transporte, em São Paulo, conforme noticia a publicação “Valor Econômico”.
Conforme os resultados, o percentual de uso de veículos motorizados individuais aumento para 68,3%, 18 pontos percentuais acima do índice anterior, levantado em 2017. 31,7% dos participantes usam transportes coletivos, com o ônibus como maioria, correspondendo a 81,2% desta parcela.
O levantamento aponta que a parcela da população que desistiu do uso rotineiro dos ônibus nunca voltaria a utilizá-los, ou ainda exigiriam tarifas reduzidas, maior conforto e menor tempo das viagens para retomar o uso. Ainda assim, dado o volume de uso, o transporte coletivo urbano ainda se mantém como alternativa essencial para a mobilidade urbana no Brasil.
Para o estudo, foram ouvidas mais de 3 mil pessoas de 319 municípios entre 18 dabril e 11 de maio de 2024. Os resultados apontam também que a utilização de carro e de moto próprios teve aumento significativo desde 2017, mesmo tendo valores mais elevados de custo quando comparados com as opções de transporte público.
Outro fator que tirou usuários dos coletivos foi a adoção das alternativas de viagens por aplicativos, com evolução de mais de 10% na utilização entre 2017 e 2024, período de expansão de apps de transporte urbano.
Entre os meios de transporte urbanos, o custo médio mais alto compilado pelo estudo é o de táxi, com projeção de gasto diário de R$ 45,69. Na sequência, está carros próprios (R$ 29,91), serviços de aplicativos (R$ 26,77) e mototáxi (R$ 12,42).
A pesquisa completa pode ser acessada no site da Confederação Nacional do Transporte, clicando aqui.
Veja também…