Filme Mr Church com Eddie Murphy assistir online dublado

Por que Eddie Murphy demorou para atuar em Mr. Church, drama baseado em história real que revelou novo lado do astro

Você sabia que Eddie Murphy, o rei das comédias dos anos 1980 e 90, recusou o papel de Mr. Church por quase uma década antes de finalmente aceitá-lo? Lançado em 2016, esse drama dirigido por Bruce Beresford marcou o retorno de Murphy ao cinema após um hiato de quatro anos, e a espera valeu a pena: ele entregou uma performance tão sensível e contida que surpreendeu até os fãs mais acostumados com suas gargalhadas escandalosas.

O filme, baseado na amizade real da roteirista Susan McMartin com um cozinheiro que mudou sua vida, é uma história sobre laços improváveis, sacrifício e o poder de uma família escolhida — tudo isso embalado pela atuação mais dramática de Murphy desde Dreamgirls.

A trama segue Henry Joseph Church (Murphy), um cozinheiro misterioso que entra na vida de uma mãe solteira com câncer terminal e sua filha pequena, Charlotte, prometendo ficar apenas seis meses, mas acabando por ficar anos. O que começa como um favor se transforma em uma jornada de décadas, com Church se tornando um pilar para três gerações de mulheres.

Para ler também…

Com Britt Robertson como a Charlotte adulta e Natascha McElhone como a mãe, Marie, o filme mistura lágrimas e ternura em doses generosas, mas o que realmente chama atenção é o porquê de Murphy ter hesitado tanto: ele temia que o papel, escrito inicialmente para Samuel L. Jackson, não capturasse sua essência — até que leu o roteiro final e viu ali uma chance de mostrar um lado novo. Se você ama histórias que aquecem o coração com um toque de mistério, Mr. Church é um prato cheio.

Na sequência, vamos explorar cada pedaço dessa obra emocionante: desde a trama que atravessa gerações até os bastidores reveladores, passando pelo elenco talentoso, o final comovente (com spoilers!), e a mensagem que fica.

Um drama baseado em história real de Los Angeles

Mr. Church começa em 1971, em Los Angeles, quando a jovem Charlotte “Charlie” Brooks (Natalie Coughlin) acorda com o cheiro de café da manhã vindo da cozinha. Para sua surpresa, um estranho, Henry Joseph Church (Eddie Murphy), está cozinhando em sua casa. Sua mãe, Marie (Natascha McElhone), explica que Church foi contratado pelo ex-amante dela, Richard Cannon, um homem rico que morreu e deixou em seu testamento um fundo para pagar o cozinheiro por seis meses — o tempo que os médicos deram a Marie, diagnosticada com câncer de mama terminal. Charlie, uma menina desconfiada e teimosa, rejeita Church e seus pratos elaborados, preferindo seus cereais Apple Jacks, mas aos poucos o talento culinário e a gentileza dele começam a conquistá-la.

Leia também…

A história avança seis anos, para 1977, e Marie, milagrosamente, ainda está viva. Church, que deveria ter partido, tornou-se parte da família, cozinhando, cuidando da casa e ensinando Charlie a amar livros clássicos com uma biblioteca improvisada. Quando Marie finalmente falece, Church fica para apoiar Charlie (agora interpretada por Britt Robertson), que se forma no ensino médio e vai para a universidade com a ajuda financeira dele. Anos depois, em 1980, uma Charlie grávida retorna à vida de Church pedindo abrigo, e ele a acolhe — mas com uma condição: ela deve respeitar sua privacidade.

A relação quase desmorona quando ela o vê bêbado, gritando sobre um pai que nunca conhecemos, mas um acidente a leva de volta para ele. Em 1986, Charlie e sua filha, Izzy (Mckenna Grace), vivem com Church, que adoece e morre, deixando um legado de amor e segredos.

O que acontece no filme Mr Church, com Eddie Murphy
O que acontece no filme Mr Church, com Eddie Murphy

O filme é narrado por Charlie adulta, refletindo sobre como Church moldou sua vida. Ele não é apenas um cozinheiro: toca piano, pinta, costura e carrega uma aura enigmática que o torna mais do que um empregado — ele é um pai substituto, um amigo e um mistério. A trama é um tearjerker clássico, com momentos de tristeza e redenção, mas o foco está na evolução de Charlie e na presença constante de Church, mesmo quando suas próprias histórias ficam nas sombras.

Curiosidades sobre o filme

  • Eddie quase disse não: O papel de Mr. Church foi oferecido a Murphy por anos, mas ele recusou até que o roteiro final o convenceu, marcando seu primeiro drama completo desde Dreamgirls (2006).

  • Inspiração real: Susan McMartin baseou o filme em sua amizade com um cozinheiro que entrou em sua vida aos quatro anos e ficou até morrer, embora ela tenha alterado detalhes, como a morte da mãe no filme (na vida real, ela sobreviveu ao câncer).

  • Troca de astro: Samuel L. Jackson esteve ligado ao projeto por uma década antes de Murphy assumir o papel, uma mudança que deu ao personagem um tom mais suave e introspectivo.

  • Filmagem rápida: O filme foi rodado em apenas 22 dias em Los Angeles, com um orçamento modesto de 8 milhões de dólares, refletindo seu estilo intimista.

  • Jazz e segredos: A trilha sonora cheia de jazz reflete a paixão de Church, que tocava piano em um clube chamado Jelly’s, um detalhe que McMartin tirou de sua própria experiência com o verdadeiro “Mr. Church”.

Onde assistir ao filme Mr. Church na TV e online

Boa notícia para quem quer ver ou rever: Mr. Church será exibido na Sessão da Tarde da TV Globo nesta quinta-feira, 3 de abril de 2025, a partir das 15h25 (horário de Brasília, sujeito a ajustes regionais).

Se prefere assistir online no seu ritmo, há opções em 2025 no Brasil. O filme está disponível no Amazon Prime Video via Prime Telecine, incluído na assinatura ou para aluguel (R$ 7,90 a R$ 11,90).

No Globoplay, pode aparecer no catálogo básico ou com Telecine — confira a disponibilidade atual. Para alugar ou comprar, Apple TV e YouTube oferecem em alta qualidade, com compra por cerca de R$ 24,90.

Assista também…

Onde assistir ao filme Mr. Church, com Eddie Murphy

Quem é quem no elenco do filme Mr. Church

  • Eddie Murphy como Henry Joseph Church: Murphy abandona o humor escrachado para um papel contido e emotivo, trazendo dignidade e mistério ao cozinheiro que vira figura paterna.
  • Britt Robertson como Charlotte “Charlie” Brooks (adulta): Robertson carrega a narração e a evolução de Charlie, da adolescente rebelde à mãe resiliente, com uma performance sólida.
  • Natascha McElhone como Marie Brooks: McElhone dá vida à mãe de Charlie com graça e vulnerabilidade, mostrando a luta contra o câncer com delicadeza.
  • Natalie Coughlin como Charlie (criança): A jovem atriz capta a desconfiança inicial de Charlie e sua transformação ao se apegar a Church.
  • Mckenna Grace como Izzy: Como a filha de Charlie, Grace adiciona um toque de doçura e continuidade à família improvisada.

O filme Mr. Church é baseado em uma história real?

Sim, Mr. Church tem raízes reais, mas com uma boa dose de licença criativa. Susan McMartin escreveu o roteiro inspirada em sua amizade com um cozinheiro que entrou em sua vida quando ela tinha quatro anos. Na vida real, esse homem — apelidado de “Mr. Church” — foi contratado por um amigo da família para ajudar sua mãe, que enfrentava câncer de mama. Diferente do filme, a mãe de McMartin sobreviveu ao câncer, mas lutou contra o alcoolismo, o que tornou o cozinheiro ainda mais essencial na vida da roteirista. Ele cozinhava pratos incríveis sem receitas, pintava, costurava vestidos para suas bonecas e a incentivava a ler clássicos como Os Três Mosqueteiros.

No filme, McMartin optou por matar Marie para focar na relação entre Charlie e Church, simplificando a narrativa e amplificando o drama. A privacidade de Church, suas noites no clube de jazz e até a gravidez de Charlie são invenções para enriquecer a trama, mas o cerne — a bondade de um homem que se tornou família — é verdadeiro. McMartin já disse que escreveu o roteiro para que sua filha conhecesse o homem que ela nunca encontrou, dando a ele uma “imortalidade” cinematográfica. Assim, Mr. Church é uma mistura de memória e ficção, com o coração ancorado na realidade e os detalhes moldados para emocionar.

Veja também…

O que acontece no final do filme: alerta spoilers!

O final de Mr. Church é um soco no estômago emocional. Em 1986, Charlie, agora trabalhando como garçonete, vive com Izzy e Church, que começa a adoecer. Quando ele fica fraco demais para cozinhar, Charlie assume a cozinha, mostrando que aprendeu seus truques após anos observando-o. Church morre logo depois, e durante seu velório, Charlie descobre de Jelly, dono de um clube de jazz, que ele tocava piano lá há 30 anos — um segredo que ele guardou até o fim. Jelly fica surpreso ao saber que Church cozinhava, revelando como ele vivia vidas separadas, mantendo Charlie e sua família como um refúgio especial.

A cena final é agridoce: Charlie acorda com o cheiro de café da manhã, por um instante acreditando que Church ainda está lá, mas percebe que é ela mesma cozinhando, carregando seu legado. A narração reflete sobre como ele a moldou, e o filme termina com ela escrevendo sua história em uma máquina de escrever que pertencia a Church. É um desfecho que celebra o impacto duradouro dele, mas deixa um vazio por nunca sabermos mais sobre sua vida — uma escolha intencional que reflete sua privacidade. Para quem ama finais que misturam tristeza e esperança, é uma conclusão que fica na memória.

Mr Church é basedo em uma história real, conheça
Mr Church é basedo em uma história real, conheça

A mensagem de Mr. Church é sobre o poder das conexões humanas que transcendem laços de sangue. Church entra na vida de Charlie e Marie como um estranho, mas se torna o alicerce que as sustenta, mostrando que família é algo que se constrói com amor, não com DNA. Sua dedicação silenciosa — cozinhando, ensinando, cuidando — ensina que os gestos mais simples podem ter um impacto eterno, mesmo que quem os faz permaneça um mistério.

O filme também fala sobre resiliência e legado. Charlie cresce sob a sombra da doença da mãe e das próprias escolhas, mas encontra força no exemplo de Church, que a ajuda a se levantar sempre que cai. Sua morte não é o fim, mas o início de um ciclo em que ela passa adiante o que aprendeu, seja cozinhando para Izzy ou escrevendo sua história. É uma lição sobre valorizar quem nos apoia nas sombras e reconhecer que, às vezes, os heróis mais quietos deixam as marcas mais profundas.

Veja também…

Por fim, há um toque de aceitação da imperfeição. Church, com seus segredos e falhas, não é perfeito, mas é humano — e é essa humanidade que o torna especial. O filme nos convida a apreciar as pessoas pelo que elas dão, não pelo que escondem, uma ideia que ressoa ainda mais sabendo que Murphy trouxe sua própria vulnerabilidade ao papel.

Mr. Church dividiu opiniões de forma marcante. No Rotten Tomatoes, tem 24% de aprovação da crítica (baseado em 32 resenhas), com o consenso apontando que “apesar da atuação contida de Eddie Murphy, o filme cai em clichês e estereótipos raciais”. Muitos críticos, como Roger Ebert (1,5/4 estrelas), criticaram o roteiro por retratar Church como um “Negro Mágico”, um tropeço que ajuda personagens brancos sem explorar sua própria vida. O Hollywood Reporter elogiou Murphy, mas chamou o filme de “datado”. No entanto, a performance dele foi quase unanimemente aplaudida, vista como um retorno digno.

Onde assistir Mr Church dublado online filme completo

O público, porém, abraçou o filme com mais calor. No Rotten Tomatoes, a aprovação da audiência é de 80%, e no IMDb, a nota é 7,6/10. Fãs no X e em fóruns destacam o impacto emocional, com comentários como “Eddie Murphy me fez chorar pela primeira vez” ou “um filme sobre família escolhida que acerta em cheio”. Apesar de um lançamento limitado nos cinemas (arrecadou apenas 685 mil dólares contra um orçamento de 8 milhões), ele encontrou vida em plataformas de streaming e DVD, tornando-se um favorito entre quem busca dramas reconfortantes.

A discrepância reflete o apelo do filme: críticos viram falhas estruturais e sensibilidades ultrapassadas, mas o público se conectou com a emoção crua e o carisma de Murphy. É um caso de coração versus análise técnica, com o primeiro vencendo para muitos.

Acesse também…

Aqui estão as datas das principais premiações de cinema, TV e música de 2025: guia completo

Festivais de música de 2025: calendário nacional e internacional, confira datas

Tem uma cidade bem real por trás da história de Receita para o Amor, filme de romance na sessão da Tarde

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *