Filme de Bruce Willis, Desejo de Matar, é tão ruim quanto o original

Em Desejo de Matar, uma vingança implacável do astro Bruce Willis, relembre no Corujão

Imagine uma noite comum, onde a segurança de sua família é destruída em segundos. Agora, visualize Bruce Willis, o eterno herói de Duro de Matar, transformado em um homem comum que, devastado pela perda, decide fazer justiça com as próprias mãos.

Bem-vindo ao universo intenso e controverso de “Desejo de Matar” (2018), um remake eletrizante do clássico de 1974 que não apenas reacende o debate sobre vingança e moralidade, mas também marca uma das atuações mais viscerais da carreira de Willis.

Lançado em um mundo polarizado, onde discussões sobre violência urbana e autodefesa dominam manchetes, este filme provoca, choca e fascina.

Por que Desejo de Matar ainda mexe tanto com o público? Como Willis transformou um cirurgião pacífico em um vigilante implacável? E qual é o legado deste thriller em meio ao delicado momento da carreira de um dos maiores astros de ação de todos os tempos?

Aqui, mergulhamos fundo na trama do filme que foi exibido na sessão Corujão, da TV Globo, na madrugada desta quinta-feira (17/4), analisamos o impacto cultural do filme e celebramos a trajetória de Bruce Willis ao longo dos anos, acompanhe!

Uma tragédia que acende a vingança na história de Desejo de Matar

Lançado em 2018, dirigido por Eli Roth (O Albergue), Desejo de Matar é uma reimaginação do clássico de 1974, estrelado por Charles Bronson, que deu origem a uma franquia de cinco filmes.

Esta versão moderniza a história, trazendo debates atuais sobre violência urbana, posse de armas e justiça com as próprias mãos. No centro da narrativa está o Dr. Paul Kersey (Bruce Willis), um cirurgião respeitado que vive uma vida tranquila em Chicago ao lado da esposa Lucy (Elisabeth Shue) e da filha Jordan (Camila Morrone).

Tudo muda quando a família é vítima de um assalto brutal em sua casa. Lucy é assassinada, e Jordan fica em coma, deixando Paul devastado. A polícia, sobrecarregada, não avança nas investigações, alimentando a frustração e a dor do protagonista. É nesse contexto que Paul, um homem pacífico e racional, começa sua transformação em um vigilante implacável.

Armado e movido por um desejo ardente de vingança, ele passa a patrulhar as ruas de Chicago, enfrentando criminosos com uma eficiência fria. Suas ações, captadas por câmeras e viralizadas, transformam-no no “Ceifador” – uma figura idolatrada por alguns e condenada por outros. O filme explora as consequências dessa cruzada: o isolamento de Paul, os conflitos éticos e a reação dividida da sociedade, que oscila entre apoio e repúdio.

Como termina o filme Desejo de Matar, com Bruce Willis - história

Bruce Willis é o coração de “Desejo de Matar”, trazendo uma atuação que mistura vulnerabilidade e brutalidade. Conhecido por papéis icônicos como John McClane (“Duro de Matar“), Willis aqui entrega um personagem mais sombrio, distante do sarcasmo de seus heróis clássicos.

Aos 63 anos na época do filme, Willis já era uma lenda do cinema de ação, com sucessos como “O Quinto Elemento” e “Pulp Fiction“. Em “Desejo de Matar”, ele explora um lado mais dramático, mostrando a dor de um homem comum antes de sua transformação em justiceiro.

Diferente de seus papéis anteriores, Paul Kersey não é movido por bravura ou humor, mas por trauma e raiva. Willis capta essa angústia com olhares contidos e silêncios expressivos, tornando o personagem crível. O filme reflete uma fase mais madura de Willis, com papéis que abordam temas sérios, como luto e moralidade. Apesar das sequências violentas, o foco está na jornada psicológica de Paul, um diferencial no gênero.

A presença de Vincent D’Onofrio, como o irmão de Paul, adiciona camadas à narrativa, mostrando o impacto da cruzada do protagonista em sua família.

Polêmica e recepção: um filme que divide opiniões

“Desejo de Matar” estreou em um momento de debates acalorados sobre violência e armas nos EUA, o que intensificou sua recepção polarizada. No Rotten Tomatoes, o filme tem apenas 18% de aprovação (baseado em 151 críticas), com críticos apontando uma abordagem simplista da violência e glorificação do vigilantismo. Por outro lado, o público, especialmente fãs de Willis, elogiou o ritmo acelerado e a catarse das cenas de ação, dando ao filme uma nota de 71% na mesma plataforma.

A polêmica em torno do filme – acusado por alguns de promover a justiça armada – também gerou buzz nas redes sociais, especialmente no X, onde usuários discutiam se Paul Kersey era herói ou vilão. Essa divisão contribuiu para a relevância do filme, que continua sendo debatido em fóruns e grupos de cinema.

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Desejo de Matar reacendeu discussões sobre o arquétipo do vigilante, um tema recorrente no cinema, de “Taxi Driver” a “Batman“. Em um mundo marcado pela insegurança urbana, a história de um homem comum que enfrenta o crime ressoa com muitos, mesmo que de forma controversa.

O filme questiona a eficácia do sistema judicial, a impunidade e os limites da autodefesa. Embora não ofereça respostas, ele provoca reflexões sobre justiça e violência;

Com uma carreira que inclui Armageddon, O Último Boy Scout e Sin City, Willis é um dos maiores astros de ação da história. Desejo de Matar mostra sua versatilidade, mesmo em um papel menos celebrado.

História do filme Desejo de Matar, com Bruce Willis; conheça

O diagnóstico de afasia (2022) e demência frontotemporal (2023) de Willis marcou sua aposentadoria precoce. Reassistir a Desejo de Matar é uma forma de celebrar seu impacto no cinema, honrando um ícone que emocionou gerações.

Curiosidades: o que você não sabia sobre Desejo de Matar

Mudanças no diretor: Inicialmente, o filme seria dirigido por Joe Carnahan (Narc), mas divergências criativas levaram Eli Roth a assumir o projeto.

Inspiração real: Embora fictícia, a história ecoa casos reais de cidadãos que recorreram à violência após tragédias, alimentando o debate ético do filme.

Trilha sonora impactante: A trilha, composta por Ludwig Göransson (Pantera Negra), mistura tensão e emoção, amplificando as cenas de ação.

Homenagem ao original: O remake inclui referências sutis ao filme de 1974, como a arma usada por Paul, semelhante à do personagem de Bronson.

O filme também permanece relevante por vários motivos…

  • A dor de perder um ente querido e o desejo de justiça são temas que tocam qualquer público.
  • Em tempos de polarização, o filme provoca discussões sobre segurança, armas e moralidade.
  • Mesmo em um papel introspectivo, Willis entrega o carisma que o tornou uma lenda, garantindo momentos memoráveis.

Desejo de Matar (2018) pode não ser o ponto alto da carreira de Bruce Willis, mas é uma obra que combina ação intensa com reflexões profundas sobre justiça e vingança. A atuação de Willis, aliada à direção crua de Eli Roth, cria uma experiência que divide, mas não deixa ninguém indiferente. Em um momento em que celebramos o legado de Willis, revisitar este filme é uma forma de reconhecer sua contribuição ao cinema.

O que achou de Desejo de Matar? Paul Kersey é um herói ou um anti-herói? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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