O tom era de manifesto: enquanto o SoHo londrino sofre com o processo de gentrificação, Gareth Pugh julgou que a cultura alternativa merecia defesa. É consolidada a ligação do estilista com a cena desde sua primeira coleção, mas desta vez o efeito das máscaras-make que faziam reverência à lendária Divine falaram mais alto. A cena de Pink Flamingos com Babs de vermelho e arma na mão é flashback certeiro no passeio pelos doze looks iniciais. Depois, o mix de outerwear poderoso, coletes e vestidos de couro prontos para vestir e o brilho bronze dos paetês-moedas faziam tradução luxuosa da contemporaneidade efervescente que fez Pugh estourar, na esperança de que o bairro sede da semana de moda de Londres deste ano não seja sufocado pela caretice de quem está ao seu redor.