Se você gosta de moda das passarelas, certamente reconhece o nome Balenciaga. Uma das grifes mais acompanhadas nos últimos anos, desde que lançou sua fase recente sob o comando do estilista Demna Gvasalia, a marca é famosa por itens polêmicos, moda festa querida de famosos e por escolhas de marketing que já chegaram a ser investigadas por acusações de incentivo à pedofilia.
O nome carregado na etiqueta, porém, é mais antigo do que sua incursão moderna. Veio do estilista espanhol Cristóbal Balenciaga, ativo entre as décadas de 1920 e 1968 e reconhecido por sua moda de luxo que visava dialogar de maneira bem mais criativa e inovadora com os parâmetros de elegância dispostos, e seguidos à risca, ao longo dos anos.
Agora, uma parte de sua história é narrada na nova série “Cristóbal Balenciaga”, lançada em 19 de janeiro nos streamings Star+ e Disney+ (assine aqui em oferta especial com o Mercado Pago para assistir).
Uum dos mais influentes estilistas do século XX, le deixou um legado duradouro que transcende as décadas. Sua abordagem inovadora e visão única moldaram a moda contemporânea, estabelecendo padrões que ainda são celebrados hoje.
Nascido em 21 de janeiro de 1895, na cidade costeira de Getaria, Espanha, Balenciaga cresceu em um ambiente onde a arte e a beleza eram valorizadas. Seus pais, costureiros locais, inspiraram sua paixão pela moda desde cedo. Com um olhar afiado para os detalhes e uma habilidade excepcional no manuseio dos tecidos, Balenciaga começou a trabalhar como aprendiz em alfaiatarias locais.
Em 1937, Balenciaga mudou-se para Paris, o epicentro mundial da moda. Rapidamente, ele se destacou pela sua maestria técnica e inovações revolucionárias. Em 1939, estabeleceu sua casa de moda, “Eisa,” que logo seria renomeada simplesmente como “Balenciaga.” Ele logo ganhou a reputação de “o costureiro dos costureiros,” conquistando a admiração de seus contemporâneos.
Balenciaga era conhecido por sua abordagem minimalista e elegante. Ele acreditava que a verdadeira elegância residia na simplicidade, e suas criações refletiam isso. Suas peças eram frequentemente desprovidas de ornamentos desnecessários, destacando-se pela pureza das linhas e pela atenção aos detalhes.
Um dos aspectos mais marcantes do trabalho de Balenciaga foi seu comprometimento com a inovação tecnológica na moda. Ele experimentou novos tecidos e técnicas de construção, introduzindo silhuetas arquitetônicas que desafiavam as convenções da época. Sua habilidade em manipular o tecido, muitas vezes criando volumes dramáticos e estruturas ousadas, era incomparável.
Ao longo de sua carreira, Balenciaga vestiu algumas das mulheres mais poderosas e elegantes da época, incluindo personalidades como a Duquesa de Windsor, Pauline de Rothschild e Gloria Guinness. Sua clientela elitista tornou-se uma testemunha da maestria do estilista, solidificando ainda mais sua posição como um ícone da moda.
Em 1968, Balenciaga surpreendeu o mundo da moda ao anunciar o fechamento de sua casa de moda. O estilista citou mudanças na indústria e uma preocupação crescente com a comercialização excessiva como razões para sua decisão. A notícia chocou o mundo da moda, mas apenas reforçou o mito em torno de seu nome.
Mesmo após o fechamento de sua casa de moda, o legado de Balenciaga continuou a prosperar. Suas contribuições para a moda são celebradas até hoje, e muitos estilistas contemporâneos reconhecem sua influência. A marca Balenciaga foi revitalizada por outros designers ao longo dos anos, mantendo viva a essência e o estilo inconfundível criados pelo mestre espanhol.
Cristóbal Balenciaga não foi apenas um estilista; ele foi um visionário cujo impacto na moda ainda ressoa décadas depois. Sua habilidade técnica, abordagem minimalista e dedicação à inovação transformaram-no em um ícone atemporal. A história de Balenciaga é uma jornada de elegância, visão e coragem que continuará a inspirar as gerações futuras na busca pela excelência na moda.
Hoje em dia, seu legado é revisto pelo estilista Demna Gvasalia, que assumiu o comando da maison em 2015 após o sucesso meteórico da marca que fundou, a Vetements. Além de Demna, a marca já teve nomes domo Alexander Wang (2013 a 2015), Nicolas Ghesquière (1997 a 2012), Michel Goma (1987 a 1992) e Josephus Thimister (1992 a 1997) como diretores criativos no passado.